Porque é que andas preocupado? - perguntou-me ele, enquanto olha lá para fora por entre as ripas do estore... vestia as mesmas calças de ganga de cor preta pardacenta, que centenas de outras vezes havia usado... o mesmo casaco de ganga azul ruço de uso... tinha as mãos nos bolsos, como tantas vezes o vi fazer (porque é que estou com a senseação que já escrevi isto?)... estava visivelmente magro e tinha o cabelo rapado...
Caminhei até à janela, olhei para ele, confirmei que para além de todos os outros pormenores (onde nunca me enganaria), era realmente ele... a cara, e o olhar castanho escuro... era ele sem dúvida! Dirigi o olhar para o lado oposto ao dele, para a minha direita... o silêncio mantinha-se, não havia pressa na resposta. Eu não gostava da resposta. A resposta que tinha para lhe dar implicava admitir a minha incapacidade (era algo em que havia trabalho arduamente), mesmo para com ele, sendo ele quem era, não era coisa que eu fizesse de ânimo leve. Olhei... estacionado lá em baixo estava um automóvel de dois volumes, preto, um pug... nada de especial. Era igual a milhares de outros... excepto... - Ainda não está a funcionar como eu quero... - algo era meu naquele automóvel - Hás-de encontrar a solução...
Ainda não a encontrei... mas acredito que já estive mais longe.
domingo, abril 22, 2007
sábado, abril 21, 2007
fechar os olhos
Um simples acto repetido vezes sem conta durante o dia. Fechar os olhos é um daqueles actos distraídos e ocasional obrigatório, geralmente rápido demais para se conseguir materializar uma imagem... outras vezes, despoletado por uma necessidade de focar a mente num pormenor, num instante.
Há dois desses momentos que se materializam quando faço este exercício de abstracção... o primeiro deles, é um instante em que me senti observado numa estação de comboios, e me voltei para encontrar quem esperava. O outro, o segundo, é um em que, de certa forma surpreso, vi alguém correr em direcção oposta à minha, de maneira a remover uma barreira urbanística desimpedindo o vector direcção de lá para cá... ou vice-versa... um vector tendente para zero absoluto.
Há dois desses momentos que se materializam quando faço este exercício de abstracção... o primeiro deles, é um instante em que me senti observado numa estação de comboios, e me voltei para encontrar quem esperava. O outro, o segundo, é um em que, de certa forma surpreso, vi alguém correr em direcção oposta à minha, de maneira a remover uma barreira urbanística desimpedindo o vector direcção de lá para cá... ou vice-versa... um vector tendente para zero absoluto.
domingo, abril 15, 2007
sexta-feira, abril 13, 2007
69 diabretes
São aquelas coisas que, eventualmente, nos andam nas veias, artérias e capilares. Uma coisa "demoníaca" devida a uma deficiência, insuficiência, falta de eficiência, ócio, má disposição ou ataque de figadeira do pâncreas... esse imbecil que passa a vida na má vida, perdido em borgas... tanto potencial desperdiçado... tststs... anda uma mitocôndria tão atarefada para isto... Adiante!
Esta coisa dos "diabretes" é geralmente conhecida como doença de pessoa doce, óptimo para atrair melgas, mas que requer de alguma atenção, não vá dar-se o caso dos diabos aumentarem de forma descontrolada e causar danos de ordem diversa.
Não que padeça de tal maleita, que o meu pâncreas ainda está aqui para as curvas, mas tanto me chagaram a cabeça com a "picadela no dedo só para ver se o teu valor é mesmo normal porque eu não sei ser doente sozinho" que lá acedi... resultado?... bonito número, sim senhor!
Esta coisa dos "diabretes" é geralmente conhecida como doença de pessoa doce, óptimo para atrair melgas, mas que requer de alguma atenção, não vá dar-se o caso dos diabos aumentarem de forma descontrolada e causar danos de ordem diversa.
Não que padeça de tal maleita, que o meu pâncreas ainda está aqui para as curvas, mas tanto me chagaram a cabeça com a "picadela no dedo só para ver se o teu valor é mesmo normal porque eu não sei ser doente sozinho" que lá acedi... resultado?... bonito número, sim senhor!
foi você que pediu whitesnake?
Pedida à distância de uma hiper-ligação... perto, é mesmo aqui ao lado... whitesnake (ou cobranca)... vai um pôr-so-sol?
So when the sun goes down
An those nights are growing colder
I will be there
Looking over your shoulder.
So when the sun goes down
An those nights are growing colder
I will be there
Looking over your shoulder.
quarta-feira, abril 11, 2007
coisas minhas...
Quociente de expansão térmica... índice de viscosidade... estampagem por etapas... movimentos de translacção... ferro-fundido ou aço-carbono?
terça-feira, abril 10, 2007
um dia como um sábado
Aceita-se a sugestão oculta na frase "Vais pela marginal?"... aproveito o sol a cada minuto passado a ritmo de "turismo", para allegro vivace já chegou ontem! Não quero chegar... nem sequer quero que a marginal acabe! Hoje, por mim, pode durar indefinidamente... eternamente! Relatividade? A eternidade estava limitada a um piscar de olhos... e o tempo, apesar de curto, estava tão bom...
Já viste como se pôs logo a seguir?
Já viste como se pôs logo a seguir?
domingo, abril 08, 2007
camas
Deve haver um "trato obscuro" entre os fabricantes de mobílias de quartos e os encarregados de educação (aqueles mais zelosos)... só pode! Não que eu tenha muita experiência nesta coisa de peças-de-mobília-que-são-usualmente-utilizadas-para-dormir (vulgo cama), mas ao longo do tempo, mais pelas conversas do que propriamente por me certificar, cheguei a uma conclusão:
As camas de solteiro fazem sempre barulho... ora rangem, ora estalam, ora gincham, o que é certo, é que emitem sempre ruído... em caso de vibração.
As camas de solteiro fazem sempre barulho... ora rangem, ora estalam, ora gincham, o que é certo, é que emitem sempre ruído... em caso de vibração.
etiquetas:
alguém que explique,
cultura geral
sábado, abril 07, 2007
tacto... pedal e areia
Traça rigorosamente original... sem qualquer modificação... sedan ou utilitário? Hmmm... prático e adequado!
sexta-feira, abril 06, 2007
should i run?
Ir devagar e pensar nos consumos, manter a postura de aspecto calmo e sereno?... Ou?... Deixar-me de coisas, dar o braço a torcer e chegar "lá" antes de sequer sair de "cá"?
Sem asas, nem apêndices... comedido (só 90), mas ainda assim, depreeeeessa! ...to you? ;)
Sem asas, nem apêndices... comedido (só 90), mas ainda assim, depreeeeessa! ...to you? ;)
quinta-feira, abril 05, 2007
e ao fim de tudo?
Cansados, eu arranhado, ambos com uma meia-dúzia de fotos tiradas com uma agfamatic que o meu avô me ofereceu faz agora 28 anos, com os ouvidos a zumbir do som abrangente, rouco e orquestral de máquinas que não voam porque "o engenheiro" lhes esculpiu as asas de forma invertida... ainda tivemos direito a creme para as queimaduras... uma pequena cortesia do sol encoberto que estava no Estoril nesse sábado... no dia a seguir haveria mais! Com mais emoção... repartida por duas mangas.
"Se tivesse namorada ia com ela... assim vamos os dois."
25 de Maio de 96...
Obrigado... mesmo depois de te rires à gargalhada do meu espalhanço! :)))
"Se tivesse namorada ia com ela... assim vamos os dois."
25 de Maio de 96...
Obrigado... mesmo depois de te rires à gargalhada do meu espalhanço! :)))
e o regresso?
Recordas-te? Da corrida para a camioneta que passava de 45 em 45 minutos? Pois! Tu lembraste é do espalhanço que mandei na corrida para a paragem... ahahahah! Como é que alguém cai e não para de cair numa superfície horizontal? Ahahahahah! Como ficaram os posters? Boa!... Só se aproveita um deles, o da flecha de prata do Bern...
E o grupo de escuteiros no comboio? Aquele que ocupava meia carruagem, e enchia a totalidade da carruagem com aquela música tocada com um "tazo".
- A rapariga tem uns olhos azuis... - disseste-me tu. E tinha! Um dos "garotos" tinha um chapéu igual ao meu (torcia por "itália" mas o chapéu tinha uma marca alemã de três pontas cingida por uma circunferência) - Olha! Ele tem um chapéu igual ao teu! - e tornámo-nos o centro da atenção daquele grupo, uma atenção despoletada por um pequeno dedo indicador - Não se aponta que é feio!
Estação, saíamos, o "crianço" que tinha um chapéu igual ao meu ficou com o único poster sobrevivente da minha "aterragem" - Tás a ver se causas boa impressão? - sorri - Olha! O que o rapaz que tinha o chapéu igual ao meu me deu! - a voz estava cheia de alegria - Ena! Que marca é? - perguntava uma rapariga - É um Mercedes! - dizia o miúdo com tom de conhecedor... a rapariga que tinha falado... era a outra, a que não tinha os olhos azuis como tu gostavas... Irónico?
E o grupo de escuteiros no comboio? Aquele que ocupava meia carruagem, e enchia a totalidade da carruagem com aquela música tocada com um "tazo".
- A rapariga tem uns olhos azuis... - disseste-me tu. E tinha! Um dos "garotos" tinha um chapéu igual ao meu (torcia por "itália" mas o chapéu tinha uma marca alemã de três pontas cingida por uma circunferência) - Olha! Ele tem um chapéu igual ao teu! - e tornámo-nos o centro da atenção daquele grupo, uma atenção despoletada por um pequeno dedo indicador - Não se aponta que é feio!
Estação, saíamos, o "crianço" que tinha um chapéu igual ao meu ficou com o único poster sobrevivente da minha "aterragem" - Tás a ver se causas boa impressão? - sorri - Olha! O que o rapaz que tinha o chapéu igual ao meu me deu! - a voz estava cheia de alegria - Ena! Que marca é? - perguntava uma rapariga - É um Mercedes! - dizia o miúdo com tom de conhecedor... a rapariga que tinha falado... era a outra, a que não tinha os olhos azuis como tu gostavas... Irónico?
lembras-te?
De pegar cada um em sua mochila e apanhar "uma centena" de transportes? Um fim-de-semana que começou numa sexta-feira, em que tínhamos aulas e que me deste um cartão na ponta de um cordel vermelho, seguido de um sábado começado bem cedo, sem carro, nem carta, para apanhar camionetas e comboios. Para aquela hora fazermos o percurso inverso que "todos" faziam durante a semana. Lisboa-Estoril... e vrooooooaaaaaaaaaammm... passou um deles, o laranja jaghermeister de seis cilindros em v de injecção directa e de fabrico Italiano... lindo... e eu convidado por um fanático da Mercedes... com convites da Mercedes... feliz ironia.
segunda-feira, abril 02, 2007
falha
Mais uma... mais uma para o cesto das imbecilidades! Isto começa, francamente, a ser pesado demais!
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