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quinta-feira, outubro 29, 2020

chuva, crianças e passadeiras

Imagem original aqui.
Caminhado rua acima acompanhado com duas crianças debaixo de chuva. Bem, não propriamente debaixo de chuva mas debaixo de chapéus-de-chuva, dois, um pequeno e cheio de cores e um grande o suficiente para acomodar uma criança ao colo e o adulto que a carregava. A hora limite de entrada na "escolinha" aproximava-se e, por entre constantes incentivos à progressão do "chapéu pequeno" e respostas às perguntas do universo, lá chegaram à beira da uma das passadeiras que serve o edifício. Não, vem ninguém? - perguntou o pai ao pequeno que segurava o chapéu, depois de olhar confirmou que não, não vinha ninguém. Ao iniciarem a travessia, do lado oposto ao de onde se encontravam, um carro em baixa velocidade virá lentamente e para em cima da passadeira. Dentro dele, ao volante, uma senhora trazia o seu rebento para deixar na "escolinhas"...
Abrindo os braços na amplitude disponível por entre um saco de fraldas, um chapéu de chuva e uma criança ao colo, pergunta o homem com um tom de voz cortante - A sério?
A senhora, apressadamente, abre o vidro dizendo - É para deixar a criança ali na creche... 
- A sério?! - repete o homem, desta vez com um tom de voz que era já um insulto, acrescentou ainda - Acha que está aí bem?
A senhora arrancou com o carro libertando a passadeira, reclamando qualquer coisa de forma quase inaudível sobre a chuva, a dificuldade de estacionar ou uma mistura de ambos.
Na passadeira, passaram dois chapéus-de-chuva, um pequeno e cheio de cores e outro grande o suficiente para acomodar uma criança ao colo e o adulto que a carregava... minutos depois, uma senhora com uma criança embrulhada num casaco de carapuço, corria nessa mesma passadeira porque no carro que conduzia, não havia nenhum chapéu-de-chuva.

sábado, abril 18, 2020

páscoa em números

Passada que está uma semana desde a Páscoa sobre a sombra do vírus, não posso deixar antever uma semana seguinte com números desagradáveis. Adoraria estar errado na minha ideia, mas acredito, tristemente, que a próxima semana será má em números. Apesar dos avisos, das acções de sensibilização e de todos os esforços das forças da ordem, o português (em toda a sua esplendorosa estupidez) conseguiu ir passar a Páscoa "à terra" com a família... queira "deus" que eu me engane... e muito!

quarta-feira, março 18, 2020

quarta-feira, novembro 20, 2019

34 gestos amigos do planeta?

Artigo da Visão (por tópicos)

Diga não ao plástico;
Eu até dizia não ao plástico, como tenho feito já há uns anos, evitando ao máximo os sacos dos legumes e das frutas... mas porque raio é que há produtos que vêm em embalagens de plástico que trazem embalagens individuais em plástico? Num qualquer lidl, tudo vem em plástico, desde o pão, à carne, aos frutos/legumes biológicos (irónico, não?), a ponto de se chegar à caixa e ser mais a quantidade de plástico que se "paga" do que o que se vai consumir.

Lá por ser de papel, não é para abusar;
Ainda hoje, ao receber o correio, o carteiro deveria trazer, garantidamente, uns 50 envelopes para distribuir pelas caixas do correio... as facturas do gás e da electricidade e cartas do continente eram a maioria. Será que é assim tão difícil aderir a uma factura electrónica?

O último que apague a luz;
Ainda bem que ninguém repara que, por exemplo, há gabinetes de instituições públicas que ficam com luzes, computadores, impressoras e sabe-se lá mais o quê, ligados toda a noite a fazer... nada! Não falo de servidores, falo de computadores pessoais, ligados toda a santa noite porque... talvez porque não sintam no bolso o peso da electricidade que desperdiçam!

Pense na água como um bem precioso;
Ouvi há uns meses da boca de alguém que muito se preocupa com o ambiente "que pena que as torneiras não sejam de botão, assim não desperdiçavam tanta água", ao lado dessa pessoa, abri a torneira, molhei as mão, fechei a torneira, ensaboei as mãos, voltei a abrir a torneira, passei as mãos por água, sacudi as mãos 12 vezes e usei um único guardanapo para secar as mãos... a torneira "vizinha" correu o tempo todo e foram precisas duas ou três folhas de papel para secar as mãos.

Menos carne, se faz favor;
Vejamos as ementas dos refeitórios, sem entrarmos em extremismos como fez a Universidade de Coimbra no que tocou à carne de vaca. A semana é de cinco dias, segunda, quarta e sexta-feira, o prato principal é carne, terças e quintas, o prato é peixe... inverter a coisa, não seria económico, nem muito bem recebido pelos utentes, que, de forma notória, afluem menos nos dias do peixe... a não ser que seja bacalhau!
Em casa, cozinhar quantidades maiores, em especial, mas não exclusivo, para quem pode levar "marmita" para o escritório, é uma boa forma de economizar, água, detergente, gás/electricidade e reduzir a despesa no refeitório/restaurante... acho que neste ponto em particular a Luísa Oliveira meteu água.
Já alguém reparou que bem nos preços do comércio local? É que no supermercado aqui da zona, a quantidade de produtos que tem o preço inferior aos das superfícies comerciais é considerável... e até com uma boa diferença para o consumidor (quando há promoções nas superfícies comerciais, aí a história já poderá ser diferente)... e, em alguns casos, nem se gasta combustível.

A moda quer-se verde;
A roupa e o calçado, é para usar até... não ser possível usar mais. Se num adulto é possível usar a mesma roupa durante uns bons anos (agora que penso nisso, tenho camisolas com mais de dez anos e que ainda são utilizáveis), numa criança em fase de crescimento... compre usado, receba de empréstimo e empreste (ou dê) o que deixar de servir e ao fim da utilização, venda, nem que seja por um valor simbólico. Irá sempre ajudar a servir alguém e por uma fracção do preço (e da despesa ambiental).

Mexa-se o planeta também agradece;
Eis, talvez, o ponto onde é mais visível uma tomada de atitude (porque ninguém repara nos sacos de plástico que não gasta, nas torneiras que fecha quando se lavam as mãos, na roupa que comprou há meia dúzia de anos e ainda usa ou no facto de não receber as contas pelo correio), deixar de fazer as deslocações curtas e médias de automóvel. Não quer com isto dizer que se venda o carro e que apenas e só se ande de bicicleta ou a pé, mas a diferença na despesa é considerável, a paciência não sofre tanto, o exercício faz bem e o tempo que se demora, em muitos casos, é menor do que ir de carro (de porta a porta... há que contar com o tempo de procura de lugar para estacionar... de preferência de forma legal).

Faça menos lixo;
Fazer menos lixo, vejo isto como uma consequência das alterações de comportamento dos diferentes tópicos. Evitar os excessos reduz o desperdício e, por consequência, o lixo que se produz (aqui não entram os objectos recicláveis e/ou valorizáveis no final da vida útil).

Pense no ambiente na hora da toillette;
Aqui não comento! Só porque o artigo remata com uma temática que "a mim não me assiste", mas as recomendações parecem-me boas.

quinta-feira, novembro 30, 2017

com estatísticas e bolos...

Ainda sobre a notícia publicada pelo Jornal de Notícias sobre a "duplicação das mortes em acidentes de mota" (entretanto foi publicada pela ANSR a estatística até ao mês de Setembro).
Qualquer morte é sempre de lamentar, seja em motociclos, bicicletas, automóveis, aviões ou por queda na banheira, mas quando se compara um ano que, de facto, não está a ser muito favorável, com o melhor ano da última década (relatório de Janeiro a Julho, referido na notícia, aqui) sem olhar para os períodos análogos dos anos anteriores, torna-se, no mínimo, tendenciosa a notícia, se a isso somarmos (já que no JN não sabem fazer contas) o facto de que, o dobro de de 43 é 86 e não 76 (o acréscimo é de quase 77%) eu diria que a jornalista Rosa Ramos, que escreveu esta peça, acabou de matar quase 10 motociclistas... só para escrever o título! Curioso, também, é não ter reparado que os acidentes com vítimas mortais em pesados teve um acréscimo de 150% (subiram as vítimas de 2 para 5), o que poderia, para uma mente jornalística, querer dizer que, sendo os pesados veículos de trabalho maioritariamente, os camionistas são um classe em risco (por falta de manutenção, por excesso de trabalho, por envelhecimento do parque de camiões... ).

Usando os dados mais recentes (os que vão até Setembro), o ano continua a ser mau (mortes são mortes, não há nada de bom neste campo), mas a estatística está menos "negra". As vítimas mortais por acidente em veículos de duas rodas a motor têm um acréscimo de 65%, comparando com o período equivalente de 2016, já os pesados "afinal" "só" aumentaram 20%. Mas como disse, o ano não está a ser bom, os números de vítimas mortais subiram em todas formas de deslocação (peões incluídos)... a meu ver, fruto da "crise ter acabado", mais veículos levam a mais acidentes e o civismo é coisa que não abunda nas estradas, em particular em meios urbanos (os acidentes com vítimas dentro de localidades aumentaram, enquanto que, os acidentes fora das localidades desceram).

segunda-feira, junho 20, 2016

guia do condutor de velocípede

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária disponibiliza online um guia para o condutor do velocípede (pode ser consultado aqui). Neste pequeno manual, podem encontrar-se todas as regras a que está sujeita a utilização de bicicletas na via pública... a leitura é aconselhada a ambos os lados, aos que usam a bicicleta e aos que usam veículos motorizados.

Uma no cravo:
Os ciclistas devem respeitar as regras de trânsito tal como se estivessem a conduzir um veículo motorizado, não circular nos passeios, não passar sinais vermelhos, não usar as passadeiras como se fossem peões, sinalizar as manobras devidamente (esta é para rir, todos sabemos que os piscas são opcionais), entre outras, espero que algum agente da autoridade os meta na linha um dia destes.

Uma na ferradura:
Aos automobilistas que não sabem olhar mais adiante que o fim do capot do seu próprio carro, que acham que o ciclista não tem direito circular na estrada, que passam a escassos centímetros dos ciclistas, que têm um comportamento agressivo ao ponto de fazer perigar a vida de outro ser vivo, espero que o sistema da carta por pontos vos tire da estrada muito rapidamente.

A ambos:
Quanto mais depressa os comportamentos imbecis de posse, sobre uma coisa que é de todos, deixarem de existir (todos pagamos impostos, logo, todos temos direito a usufruir das vias públicas) e as regras implementadas forem cumpridas, mais rápida e facilmente chegarão ao destino e, acima de tudo, todos o farão em segurança.




quinta-feira, maio 05, 2016

vou só deixar aqui esta nota sobre a euribor

Deixa lá ver se percebi bem... quando em 2008 as instituições bancárias pediam spreads (margem de lucro do banco) baixinhos e o crédito era para todos, a euribor foi até "às nuvens" e quem tinha empréstimos viu-se e desejou-se para cumprir com os pagamentos, agora que o crédito não é para todos, os spreads pedidos pelos bancos são altos e a euribor desceu para valores negativos, os bancos não podem pagar pelos empréstimos dados aos clientes.
Espera lá! Podem receber as margens maiores nos spreads de empréstimos novos e ainda querem ir meter as unhas nos empréstimos antigos porque os bancos já não devem pagar?!

E porque é que disto não se fala mais do que uma nota numa coluna e uma peça no telejornal de um canal público?

sábado, janeiro 30, 2016

frase do dia

"(...) a única coisa que eu tenho que fazer na vida é morrer, tudo o resto eu escolho (...)"

Deparei com esta frase por mero acaso, num assunto que em nada tinha a ver com o que procurava originalmente. 
Agradou-me à mente a simplicidade com que era apontado o óbvio, a Morte, o momento em todos somos obrigatoriamente iguais e a Liberdade, a possibilidade de escolha de algo de acordo com o íntimo de cada um.

Eu escolho...

segunda-feira, novembro 02, 2015

dia dos mortos

Imagem tirada de:
http://mayonevfx.blogspot.pt/2013/11/dia-de-los-muertos.html
Nestes dias temos o dia das bruxas (ou halloween) dia 31 de Outubro, temos o dia 1 de Novembro que é o dia de todos os santos e temos o dia 2 de Novembro (hoje) que é o dia dos mortos (ou dos finados).
Todos eles estão ligados aos mortos, o dia de todos os santos era aproveitado, por ser feriado, para visitar os cemitérios, antecipando assim o dia de finados que lhe seguia, já o halloween não passa de uma noite importada dos Estados Unidos porque é bom para o comércio (e fruto da americanização da cultura) que derivou da cultura Celta.
Temos o "doçura ou travessura" (frase hedionda!) e perdemos o "pão por Deus", substituímos os versos proferidos num peditório por um punhado de maldades que se podem fazer se não se receber doces.
Qualquer um deles, o dia da bruxas ou o dia de todos os santos, têm pouco que me diga (tirando talvez algumas obras de arte feitas em abóboras), já o dia dos mortos... serve-me para lamentar, com saudade, familiares ou amigos ou até conhecidos, humanos ou não, que já partiram por doença, acidente ou... por tempo.

Aos mortos... que enquanto tivermos memória, continuaram vivos em nós!

sexta-feira, maio 08, 2015

papas na língua

Numa altura em que uma Portuguesa se tornou conhecida por ter sido directa nas palavras que dirigiu à ministra Maria Luís Albuquerque (fica aqui a entrevista da SIC a Liliana Zuna em Londres), é de lamentar que nem sempre a frontalidade e a clareza sejam valorizadas em situações que não são, infelizmente, presenciadas por meios de comunicação social. Este desabafo vem no seguimento das avaliações ao desempenho do trabalho, a última das quais, já tinha abordado aqui.
Segundo os parâmetros mal explicados previamente, acordados e assinados e alterados unilateralmente pelo lado do avaliador, chegou o dia de "ir assinar a nota" e, como não seria de admirar, a nota foi, pelo real trabalho e empenho, uma bela merda (para falar Português correcto)! A nota foi mediana, não me traz "chatices" a nível laboral, mas não deixa de ser irónico dizerem-me que "com a sua idade, eu não aceitaria esta nota" quando o grosso do trabalho que realizei... valeu ZERO para a avaliação. Todo o expediente (correctamente) elaborado, as horas extra por necessidade do serviço (sem receber um tostão a mais), as trocas de horário (algumas com aviso de véspera) e com semanas em que fazia três horários diferentes consoante o que era preciso, os eventos em que toda a logística passa pelo lombo de "meia-dúzia" (onde acabava por ficar incluído), as limpezas e reparações que não eram devidas e (mesmo assim) foram feitas e até as folhas de cálculo (das quais só me lembrei por terem abordado questões informáticas), valeram tanto, para esta avaliação, quanto uma mão cheia de merda nenhuma!
Palavra de honra que me tinha mentalizado que iria entrar mudo e sair calado daquele gabinete mas, quando me tocam nos guizos, "revoltam-se-me as vísceras" de tal forma que me vi obrigado a responder! Nada, nada do que me foi dito ficou sem resposta e, em caso algum, o interlocutor tinha razão, mas a nota manteve-se, porque "o que você fez não está documentado"... ora, se é a minha função, se é o meu trabalho, se é para isso que me pagam, porque hei-de duplicar o trabalho (papelada) para justificar o meu trabalho?!
Basicamente, o que me disseram foi, tudo o que você fez e tudo o que foi feito em que você colaborou, contou ZERO, valeu NADA, foi IRRELEVANTE, teve peso NULO para a sua avaliação e se a isto juntarmos a opinião pouco abonatória por parte da chefia directa (chefia essa que de ingrata não tem nada!), eis um ramalhete para uma má disposição e uma falta de apetite para aturar "manias" e "apetites" de quem manda que promete prolongar-se durante... uns aninhos, vá!

quinta-feira, abril 23, 2015

Portugal é espectacular!

Temos a melhor estrada do mundo, temos o mais belo elevador da Europa, temos na nossa capital a quarta mais bela cidade do mundo... rematando a coisa, o nosso país está visto como sendo o sexto mais belo do mundo... ora, com tanta coisa boa por aqui espalhada e com as dificuldades que se sabem todos os dias nas notícias, lembrei-me de uma anedota que é capaz de explicar o "nosso" desaire...

Deus estava a criar o mundo tendo um anjo à sua beira que lhe pergunta ao apontar para África...
- Deus, porque colocas aqui tanta areia?
- Tem de ser assim, há que ter um local árido e quente para equilibrar o mundo.
Agora apontando para os pólos do planeta, o anjo pergunta...
- E porquê tanto gelo nestes dois locais?
- Tem de ser assim, há que ter locais muito frios para equilibrar o mundo.
E a coisa vai-se repetindo até que no meio de tantos "defeitos" que o anjo via, sempre justificados pela necessidade de equilíbrio do criador, lá reparou na parte do planeta que corresponde hoje a Portugal e diz:
- Olha que bocadinho de terra tão jeitoso...
E Deus responde-lhe:
- Achas? Vais ver a m€rda de povo que lá vou meter!

Bom... certamente será um exagero, pois a comunicação social está "cheia" de notícias onde os heróis são Portugueses, cá e além fronteiras, que nos enchem a todos de orgulho por termos nascido onde nascemos... mas, não será menos verdade também que, somos uma verdadeira m€rda, no que toca à união, à defesa do que é de todos e à justiça, na atitude do "não é nada comigo e não quero saber" quando é "connosco" e num sem número de coisas relacionadas com política e negociatas dentro desse meio das quais a maioria não faz ideia do que é possível fazer ilegal legalmente...
Somos, como povo, uma m€rda, por nos deixarmos enganar, uma e outra vez, por nos desinteressarmos, por olharmos para outro lado, por não querermos saber, por sermos o povo mais sortudo do mundo (para um Português, a situação podia sempre ser pior), porque falamos e opinamos muito e fazemos muito pouco... e sim, também eu sou Português.

quarta-feira, janeiro 07, 2015

religiões e outras comichões

Tal como na base genética da espécie humana há uma enorme variedade, visível nas diferentes cores, da pele, do cabelo e dos olhos, também na forma de pensar, nos costumes e nas crenças a humanidade consegue ter variedade.
Da mesma forma que a primeira variedade, a das cores, deu azo a actos de absurda atrocidade fruto da estupidez humana, a segunda, a das crenças, consegue elevar a estupidez humana a um novo nível... bem vistas as coisas, nada mais é que uma discussão sobre quem tem o melhor amigo imaginário...

quinta-feira, janeiro 01, 2015

quinta-feira, outubro 02, 2014

cavalos

Assisti a parte do sofrimento do Salpico que morreu de cólicas, ao peso da idade que se somava a cada dia da Boneca até à manhã que não acordou, ao sofrimento causado por um veterinário descuidado ao Taugo que lhe ceifou a vida, à eutanásia feita à Estrela para lhe por fim a um imenso sofrimento, ao literal rebolar de um satisfeito Lanceiro no centro do picadeiro e às lágrimas de dor do Trovão nesse mesmo picadeiro, aos treinos de salto do Manadio para exercitar os membros e às eternas manias do Lutador em patrulha...
Se o Salpico quase me levou às lágrimas, o pesar dos que o seguiram (Taugo, Estrela e Boneca) foi menor... não por serem menores em importância, mas porque a idade já era outra, a deles, pois já tinham tido uma vida mais longa que o Salpico, e a minha, por já ter "perdido" mais animais.
Há dias vimos uma foto do Lanceiro publicada numa rede social, está na quinta pedagógica dos Olivais, a receber festas de crianças e nenhum dos presentes que havia lidado com o cavalo ficou indiferente... o "bolinha" está nas suas sete quintas, comer, dormir e receber afecto... 
É de salientar que, antes do levarem o Lanceiro para a sua nova morada, houve um aviso. Foi comunicado que deixaríamos de ter a sua presença mas que ficaria bem entregue... com o Trovão, o Manadio e o Lutador, não houve aviso e tudo pareceu ter sido feito de forma tão cheia de subterfúgios que, se teme o pior.
Se os "homens" usassem a cabeça, os animais não sofriam... nem os Homens que dão valor aos animais sofriam por (e com) eles.

quarta-feira, junho 11, 2014

uma andorinha no escritório

As andorinhas que nos visitam durante a Primavera e o Verão, alimentam-se de INSECTOS! Essa "cena" de dar fruta às aves nem sempre funciona... e esta cria de andorinha tinha tanta fome.
Já agora, se encontrarem algum pássaro caído no chão, se não estiver em risco eminente, deixem-no estar, os pais certamente estarão por perto e tratarão dele.


terça-feira, abril 29, 2014

necessidades fundamentais ao volante

Continua a não fazer sentido e desta vez o acidente de que se fala foi com uma rapariga que quis tirar uma selfie enquanto conduzia e actualizar o seu estado numa rede social... estava feliz dizia ela, e a sua felicidade trouxe tristeza à família e aos amigos...
Depois de ter lido a notícia acima deparei com um indivíduo a usar o seu SL55 AMG como cabine telefónica móvel marginal fora, a empatar tudo e todos (andava francamente devagar e entre faixas)... o que diabo poderá ser tão inadiável a ponto de correr riscos tão estupidamente desnecessários como mexer no telemóvel enquanto se conduz?
Basta um instante para tudo correr mal... é caso para dizer:
* segundo a wikipedia, a primeira rede analógica celular foi implementada no Japão em 1979, foi essa a data usada como referência.

segunda-feira, março 17, 2014

se dúvidas houvesse

Em tempos de crise e, em particular, quando o trabalho escasseia, muitos são os que tentam ter algum rendimento de forma menos lícita. Muitos destes, empreendem em actividades que não podem ser consideradas prejudiciais, mas no entanto, são actividades ilegais.
A apanha de pinha mansa verde está legislada e é permitida, com a devida autorização do dono do terreno, num período compreendido entre 16 de Dezembro e 31 de Março (salvo excepções devidamente regulamentadas).
Na área do município de Lisboa há uma área arborizada onde se pode encontrar várias povoações de pinheiro manso (Pinus pinea), o parque florestal de Monsanto, área esta sujeita a regime florestal total, que é como quem diz, é uma área protegida e, é para proteger esta área que existe um corpo de Polícia Florestal, com patrulhas em veículos 4x4, a cavalo e a pé, que se revezam a fim de assegurar a vigilância do parque durante 24 horas por dia, sete dias por semana, seja feriado, fim-de-semana ou tolerância de ponto. 
Mal amados, desprezados e até rebaixados por muitos, elementos desta Polícia teimam em manter o pulmão da cidade de Lisboa o melhor que podem com os parcos meios que têm à disposição, tendo este ano, até ao momento, expediente judicial elaborado (maioritariamente referente ao furto de pinha) em maior volume do que a Polícia Municipal de Lisboa com 10 vezes mais meios humanos e uma incalculável diferença em meios materiais.
Hoje, numa volta de pouco mais de 11 quilómetros a cavalo (a forma ideal de patrulhamento para situações como esta), onde o trabalho em equipa foi a base do sucesso, foi evitado o furto de cerca de 400kg de pinha... a juntar às várias toneladas já apreendidas nos últimos três meses.
Pena é que não nos seja atribuído crédito pelo trabalho desenvolvido e que, por ego de alguns, a verdade seja adulterada e os louros fiquem para quem nada fez, ou faz, em prol da defesa e preservação do Parque Florestal de Monsanto.