Imagem original aqui. |
Caminhado rua acima acompanhado com duas crianças debaixo de chuva. Bem, não propriamente debaixo de chuva mas debaixo de chapéus-de-chuva, dois, um pequeno e cheio de cores e um grande o suficiente para acomodar uma criança ao colo e o adulto que a carregava. A hora limite de entrada na "escolinha" aproximava-se e, por entre constantes incentivos à progressão do "chapéu pequeno" e respostas às perguntas do universo, lá chegaram à beira da uma das passadeiras que serve o edifício. Não, vem ninguém? - perguntou o pai ao pequeno que segurava o chapéu, depois de olhar confirmou que não, não vinha ninguém. Ao iniciarem a travessia, do lado oposto ao de onde se encontravam, um carro em baixa velocidade virá lentamente e para em cima da passadeira. Dentro dele, ao volante, uma senhora trazia o seu rebento para deixar na "escolinhas"...
Abrindo os braços na amplitude disponível por entre um saco de fraldas, um chapéu de chuva e uma criança ao colo, pergunta o homem com um tom de voz cortante - A sério?
A senhora, apressadamente, abre o vidro dizendo - É para deixar a criança ali na creche...
- A sério?! - repete o homem, desta vez com um tom de voz que era já um insulto, acrescentou ainda - Acha que está aí bem?
A senhora arrancou com o carro libertando a passadeira, reclamando qualquer coisa de forma quase inaudível sobre a chuva, a dificuldade de estacionar ou uma mistura de ambos.
Na passadeira, passaram dois chapéus-de-chuva, um pequeno e cheio de cores e outro grande o suficiente para acomodar uma criança ao colo e o adulto que a carregava... minutos depois, uma senhora com uma criança embrulhada num casaco de carapuço, corria nessa mesma passadeira porque no carro que conduzia, não havia nenhum chapéu-de-chuva.
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