Em tempos de crise e, em particular, quando o trabalho escasseia, muitos são os que tentam ter algum rendimento de forma menos lícita. Muitos destes, empreendem em actividades que não podem ser consideradas prejudiciais, mas no entanto, são actividades ilegais.
A apanha de pinha mansa verde está legislada e é permitida, com a devida autorização do dono do terreno, num período compreendido entre 16 de Dezembro e 31 de Março (salvo excepções devidamente regulamentadas).
Na área do município de Lisboa há uma área arborizada onde se pode encontrar várias povoações de pinheiro manso (Pinus pinea), o parque florestal de Monsanto, área esta sujeita a regime florestal total, que é como quem diz, é uma área protegida e, é para proteger esta área que existe um corpo de Polícia Florestal, com patrulhas em veículos 4x4, a cavalo e a pé, que se revezam a fim de assegurar a vigilância do parque durante 24 horas por dia, sete dias por semana, seja feriado, fim-de-semana ou tolerância de ponto.
Mal amados, desprezados e até rebaixados por muitos, elementos desta Polícia teimam em manter o pulmão da cidade de Lisboa o melhor que podem com os parcos meios que têm à disposição, tendo este ano, até ao momento, expediente judicial elaborado (maioritariamente referente ao furto de pinha) em maior volume do que a Polícia Municipal de Lisboa com 10 vezes mais meios humanos e uma incalculável diferença em meios materiais.
Hoje, numa volta de pouco mais de 11 quilómetros a cavalo (a forma ideal de patrulhamento para situações como esta), onde o trabalho em equipa foi a base do sucesso, foi evitado o furto de cerca de 400kg de pinha... a juntar às várias toneladas já apreendidas nos últimos três meses.
Pena é que não nos seja atribuído crédito pelo trabalho desenvolvido e que, por ego de alguns, a verdade seja adulterada e os louros fiquem para quem nada fez, ou faz, em prol da defesa e preservação do Parque Florestal de Monsanto.
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