sábado, fevereiro 28, 2009

teoria da escova de dentes

Objecto indispensável de todos os dias é também uma compania insubstituível nas viagens. Pessoal e intransmissível, qual título de transporte, está sempre presente nos fins-de-semana longe de casa.
Há já algum tempo que tenho, no local de destino mais usual, uma à minha espera para evitar esquecimentos e aquisições de emergência, coisa que nunca me aconteceu... até agora!
Afastei-me da rotina por dois dias e no regresso... a dita ficou lá... esquecida, dentro de um tão típico copo de pástico, junta, agarradinha, a uma outra escova de dentes verde...
Por agora já não posso propor "Queres juntar as escovas de dentes comigo?", pois a escova antecipou-se ao dono... talvez ela, a minha escova, queira juntar proprietários com a tal escova verde.

sexta-feira, fevereiro 27, 2009

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

farmácias

Vi-me obrigado a visitar uma farmácia... não me lembro de alguma vez ter entrado num supermercado tipo farmácia, ou numa farmácia tipo supermercado... seja como for, não me agradou aquela mistura de conceitos.
Uma farmácia ainda tem aquele ar de comércio tradicional, em que, quem está atrás do balcão acaba por ser um ouvinte, quase um confidente, das necessidades que nos vão na alma, alguém que nos apresenta uma solução para o nosso problema e/ou é capaz de dar uma opinião sobre este produto em comparação com outro qualquer para o mesmo fim... deve ser por este ambiente de proximidade que era tão mais difícil comprar preservativos do que alka-seltzer's... mas agora até as farmácias se converteram! É entrar, escolher na prateleira, ir à caixa e pagar...se precisar de alguma coisa estamos abertos até à meia-noite... disseram-me com um sorriso de atendimento ao público enquanto arrumavam "as compras" num saquinho de papel (gente preocupada com a ecologia)...pensei, parece mesmo uma loja de conveniência!

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

terça-feira, fevereiro 17, 2009

josé luís esteves

É o nome de um formado em engenharia mecânica pela faculdade de engenharia da universidade do Porto que apareceu ontem no telejornal da rádio televisão portuguesa a ensinar métodos de economia de combustível ao volante de um toyota carina E...
Gostei de o ouvir falar na questão da aerodinâmica, em que disse que se deveria circular de vidros fechados, uma verdade, gostei de o ouvir dizer que se deve abastecer as viaturas quando a temperatura ambiente é mais baixa o que faz com que o combustível ocupe menos volume, outra verdade, mas admito que este senhor (não lhe chamo "engenheiro" pois não sei se estará inscrito na ordem dos engenheiros) licenciado em engenharia mecânica, conseguiu com uma frase destruir anos de evolução da indústia automóvel no que toca a injecção de combustível!
No meio de tanta coisa inteligente que disse, José Luís Esteves, teve a (falta de) inteligência de dizer que "nas descidas poupa-se combustível circulando em ponto-morto, pois não se perde velocidade"... pois, senhor licenciado em engenharia mecânica pela faculdade de engenharia da universidade do porto, eu, como mau aluno do instituto superior técnico, recomendo-lhe que se dedique a um pouco de história, e de seguida, a um pouco de estudo (sim, de estudo) no que toca aos sistemas de injecção actuais. Na eventualidade de alguma vez ler este texto, visto que não consegui encontrar o seu e-mail para lhe dar umas dicas sobre "quando ficar calado para não dizer disparates", aqui ficam as noções que lhe faltam:
Os últimos automóveis a carburador (uma peça complexa que deverá conhecer) foram vendidos, na Europa, em 1993, deste ano em diante os automóveis que apareciam no mercado eram todos eles equipados com injecção electrónica, recorrendo a um único injector para todos os cilindros (caso da ford) ou, com um injector por cilindro (caso da bmw).
A grande vantagem da injecção electrónica (para além de uma maior precisão no instante da entrada de combustível na câmara de combustão) é a economia de combustível... e esta é a parte que desconhece, se estiver a circular numa descida e NÃO DESENGATAR o automóvel, circulando com uma relação de caixa mais alta, o seu consumo instantâneo será ZERO!!!!!, pois a injecção "corta" a admissão de combustível. Se puser o automóvel em ponto-morto, o motor para continuar a trabalhar, vai necessitar de combustível, é ou não é assim senhor licenciado em engenharia mecânica José Luís Esteves?

sábado, fevereiro 14, 2009

sensações

Li uma discussão acesa sobre "sensações" ao volante... uma batalha de opiniões em que um defendia a pureza dos mais antigos, e outro a supremacia da tecnologia actual.
Estive para responder. Cheguei mesmo a redigir um texto algo extenso em forma de resposta, pois não me é indiferente. Entre ter, ou não, algum prazer nas minhas deslocações ou viagens ao volante, prefiro tê-lo pois, de certa forma, a vida sorri um pouco mais (isto deve ser efeitos da idade, ando a querer tirar prazer das mais pequenas coisas, ou talvez seja algum vírus que anda no ar), tenho um pouco mais de boa disposição, um pouco mais de paciência, uma pequena margem mais que sempre me ajuda a aturar/ignorar ou desligar das argoladas do "Carlos".
E o debate estava quente, a raiar o ofensivo, mas eu não respondi... a minha opinião é minha, e é esta:
É quase ridículo comparar um automóvel com 20, 15 ou até 10 anos, com um actual acabado de sair da fábrica. Toda a filosofia do produto final é diferente, as necessidades de espaço, as exigências de conforto, as normas ambientais, as obrigações no campo da segurança, e até as regras da economia, ditão resultados finais completamente dispares.
O que torna o clássico/antigo belo é inversamente proporcional ao que torna apetecível um reluzente saído do stand, ou seja, o seu recheio de nada. O facto de não ter mordomias, não ter botões com funções que não se sabe bem o que fazem, não ter um sentimento de segurança intrínseco, ter um conforto sofrível, ter um motor que gasta (e polui) demasiado para o que anda, não ter um manómetro de temperatura do óleo ou outra merda qualquer que só serve para "encher" (e de utilidade quase nula no dia-a-dia)... escolheria para todos os dias um automóvel(/tupperware) que fosse um meio de transporte com todas as paneleirices de conforto e de assistência à condução que considero adequadas a percursos de 7 a 20 quilómetros, porque mais não preciso, e tudo o que viesse a mais era puro desperdício... sei que um tupperware supera facilmente um automóvel com 20 anos, e daí? Carros com essa idade tem estatuto próprio, existem e "vivem" de e para fãs (ler "fanáticos").
Eu aprecio essa simplicidade, sem fanatismos, gosto pelo prazer que me dão e (até) pelo medo que me incutem... mas não necessariamente todos os dias.
E adorei conduzi-lo em pista!