É aí que vive a dona Celeste. Uma velhota de 80 e qualquer coisa anos, simpática e com ar terno de avó.
Devido à idade, e a um percalço que teve numa perna, a "vizinha do 1º" (como a tratava quando era mais novo por nunca me lembrar do nome), anda devagar e sempre acompanhada por uma bengala. Muitas já foram as vezes que esperei por ela à porta do prédio quando a vejo a regressar a casa, quase sempre vindo do supermercado, e por isso, por um gesto tão simples como é "esperar" (digo-lhe sempre que "não tenho pressa", mesmo que a tenha), já ganhei um lugar especial no coração da dona Celeste, que ela faz constantemente questão de demonstrar quando me deseja sentida "saúde" e quando me diz que sou um "simpático".
Sem comentários:
Enviar um comentário