Todos nós temos os nossos ódios de estimação, cada um com a sua aversão a algo. Na minha lista de ódios estão incluídos os pisa ovos/trapalhões da estrada, os motoristas da Vimeca/Lisboa Transportes, um considerável número de taxistas gordos e artolas do volante, o estado Português, os ciclistas que julgam que não têm que regras para cumprir quando andam na estrada e, recentemente, comecei a nutrir um pequeno ódio de estimação por alguns dos artistas das scooters 125cc.
Como condutor, habilitado a conduzir veículos de duas rodas de qualquer cilindrada, costumo facilitar a passagem de quem se desloca de mota/motociclo/motão/avião de duas rodas/o que lhe quiserem chamar. Faço-o por uma questão de civismo, mas principalmente por uma questão de respeito por alguém que tem tomates para usar a própria cabeça como pára-choques! Respeito-os por isso e facilito-lhes a vida sempre que posso (como em tudo, há bom e mau, há quem agradeça e há quem não diga nada, esses, da próxima não passam!), já no que toca ao pessoal das 125...
Muitos há que nunca haviam pegado numa coisa daquelas (tiveram equivalência como o Relvas) e agora andam por aí, meio a dançar ao sabor do vento, ao sabor dos ressaltos do pavimento e, lamentavelmente, a esmagadora maioria, quando o automobilista lhes facilita a vida, nem os cornos viram (sim, c-o-r-n-o-s! só podem ser bestas munidas de cornos), quanto mais agradecer a atenção. Já estou habituado a lidar com animais, mas mesmo assim costumo dizer para os meus botões "obrigadinho oh estúpido" e lá vou ver da minha vida enquanto eles, bem, vão ver das deles.
Nunca foi coisa sobre a qual pensasse até... ver um desses clubes/fóruns que vão aparecendo como fonte de convívio e troca de ideias. O ódio demonstrado para com o automóvel/automobilista é tal, que me leva a pensar: Mas esta gente não terá carta? Não terão eles carro? E curiosamente ambas as respostas são afirmativas, mas o ódio de morte para com o automóvel está lá! Vêem-se como contribuintes para um mundo melhor, mais verde, mais limpo, mais harmonioso, com menos poluição, com menos civismo, com menos respeito pelas regras e com menos educação também. Este é o tipo de ódio que gera e alimenta ódio, pois na "guerra" que travam para ser reconhecidos, não lutam para ter o mesmo que têm os automobilistas, lutam para que os automobilistas tenham ainda menos que eles, e menos do que já têm.
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