Se a galinha da vizinha vier ao meu quintal, pergunto-lhe se está satisfeita com o meu trabalho, se vier cá pôr um ovo, faço ovo estrelado
para o jantar... se me emprestarem uma frigideira.
Isto resume a forma como estou a ser avaliado no trabalho, de forma incorrecta e inadaptada à realidade, porque não trabalho para o instituto nacional de estatística para andar a recolher dados, não posso ter a minha avaliação de desempenho dependente de que cometam infracções e, a melhor parte de todas, não tenho acesso directo ao software utilizado para realização do trabalho, ficando sempre dependente (literalmente) da boa vontade dos (poucos) que têm acesso.
A meio do período de avaliação decidiram alterar parte dos objectos quantitativamente... dizendo que, era isso que havia sido acordado, quando não era isso que estava escrito e assinado por ambas as partes, depois disseram que os objectivos não eram adequados, curiosamente foram impostos pela pessoa que disse tal coisa e que, por várias vezes, foi apanhado em mentiras publicamente e agora, chegamos à altura da auto-avaliação...
Durante (mais) dois anos servimos a cidade, sem receber farda (não há uma peça que esteja dentro do prazo de validade explícito no regulamento), sem receber equipamento de visibilidade indispensável para trabalhar à noite em situações de emergência, sem condições de segurança nas viaturas por falta de manutenção (com situações reportadas há anos!), com alterações de horários não respeitando os prazos legais para serem feitas, trabalhando para lá do horário estipulado sem que para isso recebam algo em troca, com um volume de trabalho que chega a ser equiparável ao de uma força que dispõe de 10 vezes mais efectivos e que se encontra devidamente equipada... auto-avaliação?
Quem avalia não é homem que viva e passe o que passa quem está a ser avaliado! Quem avalia não é mais que um reles mentiroso que aprecia jogos de discórdia! Quem avalia, não sabe o valor de quem avalia!
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