Neste caso não falo da vaidade pura, daquela que advêm de momentos bons, de situações agradáveis entre amigos, não falo daquela que nos faz corar quando alguém repara e comenta num qualquer pormenor nosso, um dos pormenores em que fazemos "gala", não falo daquela vaidade adjacente às nossas coisas boas da vida, não, neste caso falo de uma outra vaidade, daquela que anda de mão dada com a estupidez pura de quem ostenta algo porque é um objecto da moda!
Contra mim falo que já tive diversos e que tantas vezes usei, e uso, objectos semelhantes por (quase) banalidades, mas nunca sem um propósito, nunca sem um princípio básico e uma razão de ser, sempre fiz por contrariar a banalização e o desvirtuar de algo com uma função muito própria e que pessoalmente considero bastante importante, no entanto, inúmeras foram as vezes que usaram esse mesmo objecto para comigo de forma estúpida e banal, de tal forma que me limitei ao silêncio tantas vezes quantas as que me importunaram com esse objecto que de forma tão estúpida insistiam em usar! Pois a noite passada, quis o destino que, algo acontecesse e, como seria de esperar, tivessem pegado no diabo do telemóvel e me dissessem que o velho tinha ido para o hospital a meio da noite com "uma forte dor no peito", mas não, o telemóvel serve para mandar mensagens de formigas, de corações, de abelhas e de mais uma infindável panóplia de merdas que não servem para nada, mas para, pelo menos, me avisarem que havia algo errado na família, não, isso é coisa demasiado séria e fora do real propósito de um telemóvel... que puta de estupidez!
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