sábado, agosto 26, 2017

o drama, o horror, a tragédia... da polémica da porto editora

foto do CM (era o que dizia a etiqueta).
No que toca às cores da capa, compreendo perfeitamente a indignação. As crianças (ou antes, os pais), não têm que ser forçados a adquirir uma de duas cores consoante o sexo da criança. É bárbaro limitar as escolhas das cores que se podem usar em qualquer coisa que a crianças diga respeito e, é ainda mais bárbaro, perguntarem "É menina?... Ou menino?" porque o carrinho é cor-de-laranja (ready to race)!
Pior que a capa, dizem os comentadores, que o interior dos livros da polémica eram diferentes, escolhendo como exemplo a foto acima apresentada. Enquanto este pessoal está preocupado com a discriminação de género (não vale a pena falar de igualdade nos ordenados, pois não?), a mim preocupa-me o desfasamento da realidade de todos os que criticam estes livros (em particular as páginas dos labirintos). Será que ninguém percebeu que é aqui que se treina a igualdade de género?! Aos rapazes ensinam a andar mais às voltas, as raparigas ensinam-lhes a serem mais directas, ou será que ninguém reparou que, quando vão às compras, os comportamentos são exactos opostos do que se deseja destes labirintos? Assim equilibram-se as diferenças na geração que se segue! Reduzem-se as discussões, as secas de uns e as demoras de outros! A malta da porto editora é, de facto, visionária!