sexta-feira, novembro 30, 2007

acabou-se

Era uma quarta-feira, e chegando-se à lareira enquanto todos os presentes estavam numa ruidosa cavaqueira, ali, quase a seu lado, meteu o mão no bolso e tirou dele uma caixa parcialmente azul, estava meio cheia, levou um daqueles cilindros brancos à boca e acendeu-o. Pensava em algo imemorável como a razão de ter começado, e bafo atrás de bafo, foi reduzindo o companheiro...
Era noite, uma noite fria, e o lume estava mortiço... de novo chegou ao bolso, voltou a abrir a caixa, fechou-a e atirou-a de seguida para as brasas... havia agora labaredas visíveis... expeliu o ar dos pulmões e pensou "acabou-se!"...

segunda-feira, novembro 26, 2007

cd

Para celebrar o quarto de século desse tão famoso (e prático) "donut de plástico" que levou a música a entrar na era "digital" (agradeçam à phillips e à sony), peguei num deles que para ali tinha... cors?! Mas que raio faz isto cá em casa? Peculiar... no entanto é circular como os outros... deve funcionar... play... ahhh... já percebi a verdadeira vocação da música dos cors... é óptima para fazer com que o tempo estique, enquanto se põe as tarefas domésticas em dia!

sábado, novembro 24, 2007

futebol

... e o benfica marcou um golo para a taça. Como é que eu sei, se nem ligo a futebol? O prédio estremeceu! O que vale é que quando o benfica joga, a criminalidade desce.

quinta-feira, novembro 22, 2007

céu vs inferno

Há toda uma paleta de piadas sobre o Céu e o Inferno... são tantas as piadas que, até já as fazem com a personagem do nosso primeiro. Mas não são as piadas que me levam a pensar nisto, é o próprio conceito e a forma como é abordado. Ora vejamos...
O Céu todos sabem onde fica, ou seja, por cima das nossas cabeças... já o Inferno, em antagonismo ficará debaixo dos nossos pés... isto é um conceito empiricamente aceite desde tempos há muito passados (a pureza/perfeição acima das nossas cabeças, como algo inalcancável em vida, em contraposição com o impuro/desprezível que deve ser pisado afastando-o). Isto foi certamente uma ideia gerada antes de se saber que a Terra era redonda, pois actualmente sabemos que debaixo dos nossos pés, se fosse possível seguirmos em linha recta desde o ponto onde estamos, passando pelo centro da Terra e mantendo a direcção, chegaríamos ao outro lado da Terra... ora... se o outro lado da Terra está debaixo dos nossos pés... será aí o Inferno?
Mais! Por cima das cabeças das pessoas que estão do outro lado, encontramos... céu! E eis que uma nova questão se põe... se esse céu está por cima da cabeça dessas pessoas, e ao mesmo tempo debaixo dos nossos pés, será o nosso Inferno o Céu deles? E vice-versa? Ou será que podemos chegar à conclusão que o Céu é o Inferno?
Livra! Agora percebo o porquê do que fizeram ao Galileo... o homem pôs todas as religiões em cheque!

segunda-feira, novembro 19, 2007

(finalmente) mais um dia de chuva

Não havia uma "razão" qualquer para a existência de dias de chuva com vento? Qualquer coisa a ver com "chapéus de chuva" numa língua estrangeira... hmmm... que poderia ser? Ah! Seria o comparativo entre um fiat uno branco e um frigorífico certamente! Ou não...

supermercado

Numa comum visita ao supermercado (para variar um pouco na rotina), deparei com uma curiosa embalagem de cartão... tinha escrito a letras pretas estilizadas e em itálico "vinho escolhido cuidadosamente para si".... que agradável! Um produto para as massas com dedicatória particular... é sempre bom saber que alguém sabe os meus gostos, apesar de não gostar de vinho... é que a caixa estava vazia.

equidiformes

Quadrúpede, mamífero, de altura variável e com natural propensão ao disparate. Pois, qual de vós que não tenha um "ódio de estimação" que atire a primeira pedra... qual de vós que não se tenha negado a um, um só que seja, que atire a primeira pedra! Atirei um calhau da calçada... e logo dois vieram em minha direcção... atiro outro, e de volta vêm mais... a continuar assim, não tarda faço uma casa de xisto.
Considerais-me um comum entre nobres? Ahahahah! Pois devíeis vós, caro nobre, saber e nunca revelar tudo quanto sabeis fazer, tal como faço, pois assim posso viver no negrume e fazer pela minha vida. Bem haja à confusão e ao ego dos outros.

calmaria

Em tempos de instabilidade, todas as orelhas, todos os olhos, andam atentos. Perscrutando atentamente tudo e todos em redor. O homem do casaco novo não morde, o rosnador não provoca ninguém, e o lacaio não apunhala pelas costas... não vos deixais levar pela aparente acalmia nobres das botas altas! Pois a tempestade se aproxima, parece que amanhã já vai chover...

sexta-feira, novembro 09, 2007

há dias

Sorrisos alegres... perguntam a medo, num medo ansioso "posso fazer uma festinha?", tomara eles "festinhas" todo o dia. E mãos de dedos pequenos logo se perdem num pêlo curto e macio. O sorriso é agora, para além de alegre. É de uma alegria nervosa pelo toque, uma dualidade de sentimentos-sentidos... sorrir de volta, e seguir caminho.