quarta-feira, setembro 10, 2008

migrantes

Com "i" ou com "e", é indiferente para o caso. Com a quantidade de estrangeirada que por cá vai andando nestas alturas em que os dias são um pouco mais longos é perfeitamente natural ouvir falar e não perceber ponta de corno do que dizem... e por vezes, do que nos dizem!
Calhei a ir a um supermercado, hipermercado... um mediomercado era de certeza a julgar pelo tamanho, e já com os sacos de compras arcaicamente colocados na mala do automóvel, preparava-me para colocar o "carrinho de supermercado" no sítio dele e recuperar a moeda que o havia libertado.

- Nârrume! Nârrume! Nârrume!

Que diabo?! Começo a olhar em volta já a pensar que fosse o pedido de ajuda de alguém aflito numa língua estrangeira... ou na pior das hipóteses alguém a pedir a moeda do carrinho como tantas vezes acontece. Deparo com uma mulher a correr na minha direcção como se não houvesse amanhã e sempre a repetir aquela palavra... era mesmo comigo! Ofegante da corrida, estendeu a mão direita com uma moeda de igual valor à que estava no carrinho e tornou a dizer:

- Nârrume.

Ahhhh! Ok! Eu não arrumo... afinal era portuguesa!

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